Uma história fantástica contada nas entre linhas o livro "Casos e Curiosidades" vai descrevendo uma história que há nomes que refulgem na "História", não com o brilho das grandes conquistas e realizações, mas com a luz suave de um encanto melancólico. Tais são os dos filhos do grande e desditoso regente D. Pedro - Todos eles tão prendados, todos tão cedo envolvidos na sombra da tragédia, e todos menos um condenados à morte prematura. No entanto, os seus princípios foram auspiciosos. O infante D. Pedro foi para os seus sete filhos um pai desvelado. "Na boa criação de todos se esmerou", diz Frei Francisco Brandão. Aplicou à educação deles o melhor de tudo o que aprenderá no decurso das suas viagens prolongadas. Os filhos do infante, desde a meninice, familiarizaram-se com as artes liberais, eram versados em matemáticas e nas línguas modernas, bons latinistas, e, sobretudo, instruídos nas Escrituras Sagradas.
Debaixo dos cuidados da Mãe, a "muito devota e muito virtuosa" infanta D. Isabel de Urgel, cresceram juntos na casa paterna: D. Pedro, o poeta, "a mais formosa e bem proporcionada criatura que então havia no mundo", no dizer do cronista, a gentil D. Isabel, já noiva do pequeno rei Afonso V, D. Jaime que era destinado à Igreja, o cavalheiresco D. João, a piedosa D. Beatriz, D. Filipa estudiosa e artista, e a pequena Catarina, que só nome conhecemos.